
A presidente da Comissão de Esporte do Senado, senadora Leila do Vôlei (PDT-DF), apresentou nesta sexta-feira (7) um voto de repúdio contra o clube Cerro Porteño e sua torcida, após os episódios de racismo ocorridos durante a partida contra o Palmeiras, válida pela Copa Libertadores Sub-20, no Paraguai.
Durante o jogo, os jogadores brasileiros Luighi e Figueiredo foram vítimas de ofensas racistas e cusparadas por parte da torcida adversária, um episódio que reforça a necessidade de punições exemplares no futebol sul-americano.
Casos de racismo se repetem contra o Cerro Porteño
No documento, Leila ressalta que o episódio não é um caso isolado. Em outras duas partidas recentes – em junho de 2022 e maio de 2023 –, atletas do Palmeiras também foram alvo de agressões racistas durante confrontos com o Cerro Porteño. Apesar das reincidências, nenhuma medida punitiva contundente foi adotada pela Conmebol ou pelo clube paraguaio.
“A repetição desses episódios expõe um padrão inaceitável que precisa ser combatido com rigor. Racismo não é provocação, é crime. A impunidade é um estímulo para que esses casos sigam acontecendo”, afirmou a senadora.
Leila cobra punições da Conmebol e da CBF
Logo após a partida, a senadora cobrou ações imediatas da Conmebol, do Cerro Porteño e da CBF, reforçando a necessidade de punições exemplares para coibir a discriminação racial no futebol.
“O futebol sul-americano precisa dar um basta definitivo ao racismo e proteger quem joga e trabalha pelo esporte”, declarou Leila.
O voto de repúdio deve ser analisado na próxima semana pela Comissão de Esporte do Senado e, se aprovado, será enviado oficialmente ao Cerro Porteño.