A Comissão de Educação (CE) aprovou nesta terça-feira (3) o PL 786/2021, que insere o tema da parentalidade responsável nos currículos escolares. Proposto pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES) e relatado pela senadora Leila do Vôlei (PDT-DF), o projeto promove a igualdade de gênero e amplia o conceito de “paternidade responsável” para incluir a filiação socioafetiva. Agora, o texto segue para análise no Plenário do Senado.
Parentalidade responsável na educação
O projeto propõe que a parentalidade responsável seja trabalhada de forma transversal nas disciplinas escolares, ampliando o papel da educação em questões familiares. Ele também altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) para fortalecer o vínculo entre a educação escolar, as práticas familiares e as dinâmicas sociais. Para a senadora Leila Barros, a proposta é essencial para reduzir desigualdades:
“A diferença gritante entre homens e mulheres no trabalho doméstico não remunerado precisa ser enfrentada. Este projeto ajuda a construir isonomia nas relações de gênero, promovendo conscientização desde cedo”, afirmou Leila.
Ela ainda destacou a importância de combater estereótipos de gênero na escola: “As crianças precisam entender que todos têm direito de escolher qualquer profissão e devem se comprometer igualmente com os cuidados domésticos e familiares”, disse.
Conscientização e igualdade de oportunidades
O senador Astronauta Marcos Pontes apoiou a medida, destacando a necessidade de incentivar mais mulheres a ingressarem em áreas de ciência e tecnologia. “Precisamos aumentar programas como Meninas na Ciência e Mulheres Inovadoras para promover maior inclusão e equidade nas profissões”, afirmou Pontes.